Fotografia: O lento caminhar da solidão (The slow walk of solitude)

O caminhar é mais que o destino, mais que o imponderável, mais que o esquecimento. O caminhar é a palavra não escrita, não falada e sentida. A solidão apenas acompanha os passos.

Walking is more than destiny, more than imponderable, more than forgetfulness. Walking is the unwritten, unspoken and felt word. Loneliness only follows in the footsteps.

Caminar es más que destino, más que imponderable, más que olvido. Caminar es la palabra no escrita, tácita y sentida. La soledad solo sigue los pasos.

Foto: Chronosfer. Florença, Itália.

Publicidade

Fotografia: Detalhes do tempo da história(Details of story time)

A história e a passagem do tempo andam com as mãos entrelaçadas. Os vestígios da primeira nem sempre permanecem visíveis aos olhos. O segundo, deixa suas marcas muito mais que visíveis. Penetram em nossas peles, fazem longo percurso até se instalarem em um lugar chamado memória. Ergue-se então a história. Às vezes, apenas a que queremos compreender e aceitar. Outras vezes, a verdadeira, que nunca se esconde e revela a cada dia quem somos. Ainda é tempo de reconstruir a história.

History and the passage of time go hand in hand. The traces of the former do not always remain visible to the eyes. The second, leaves its marks much more than visible. They penetrate our skins, they go a long way until they settle in a place called memory. Then the story rises. Sometimes only the one we want to understand and accept. Other times, the real one, who never hides and reveals every day who we are. It’s still time to reconstruct history.

La historia y el paso del tiempo van de la mano. Las huellas de los primeros no siempre permanecen visibles a los ojos. La segunda, deja sus marcas mucho más que visibles. Penetran en nuestras pieles, van un largo camino hasta que se asientan en un lugar llamado memoria. Entonces la historia se eleva. A veces solo el que queremos entender y aceptar. Otras veces, el verdadero, que nunca se esconde y revela cada día quiénes somos. Todavía es hora de reconstruir la historia.

Fotos: Chronosfer. Detalhes da Basílica de Sacré Cœur, Paris.

Fotografia: O abstrato é real (The abstract is real)

A longa ausência é um pouco mais que olhar pela janela as imagens do lado de fora. Dentro, as distorções, formas desencontradas são uma metáfora, quem sabe, da vida real, que o lado de fora abastece os olhos da imaginação. A ausência é uma abstração muitas vezes. Uma recomposição de corpo e mente, coração e músculos. Sentimentos que percorrem a corrente sanguínea com determinação. Se não existe certeza, existe o mais mais adiante possível. Real. Verdadeiro. E longe de ser um olhar abstrato, é o traço real do que realmente é. Estou sem câncer. Mais um tempo em que sim poderei viver abstrações sem esquecer a realidade à espreita. Logo estarei de volta por mais tempo e fazendo as visitas que alimentam meus dias. A realidade de cada um é o passo que minha vida ganha a cada exame que faço. Muito obrigado.

The long absence is a little more than looking out the window at the images outside. Inside, the distortions, mismatched shapes are a metaphor, who knows, of real life, which outside fuels the eyes of imagination. Absence is often an abstraction. A recomposition of body and mind, heart and muscles. Feelings that run through the bloodstream with determination. If there is no certainty, there is as far ahead as possible. Real. Real. And far from being an abstract look, it is the real trace of what it really is. I am cancer free. One more time when yes, I will be able to live abstractions without forgetting the lurking reality. Soon I’ll be back for longer and making the visits that fuel my days. The reality of each one is the step my life takes with each exam I take. Thank you so much.

La larga ausencia es un poco más que mirar por la ventana las imágenes del exterior. En el interior, las distorsiones, las formas desparejas son una metáfora, quién sabe, de la vida real, que por fuera alimenta los ojos de la imaginación. La ausencia es a menudo una abstracción. Una recomposición de cuerpo y mente, corazón y músculos. Sentimientos que corren por el torrente sanguíneo con determinación. Si no hay certeza, hay lo más lejos posible. Verdadero. Verdadero. Y lejos de ser una mirada abstracta, es el rastro real de lo que realmente es. Estoy libre de cáncer. Una vez más cuando sí, podré vivir abstracciones sin olvidar la realidad acechante. Pronto estaré de regreso por más tiempo y haré las visitas que alimentan mis días. La realidad de cada uno es el paso que da mi vida con cada examen que hago. Muchas gracias.

Foto: Chronosfer. Haia, Holanda.